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Second International IberTRANSLATIO Symposium (9th and 10th June 2022)

 

Nos próximos dias 9 e 10 de junho irá decorrer no Institut für Romanistik da Universidade de Viena o Segundo Simpósio Internacional do IberTRANSLATIO sobre "Writing and Translating within/between Iberian Literatures" / "Escrita e Tradução nas / entre as Literaturas Ibéricas".

 

Organizado por Esther Gimeno Ugalde e Kathrin Sartingen (Universidade de Viena) e Ângela Fernandes e Marta Pacheco Pinto (CEComp – FLUL), do grupo de investigação IberTRANSLATIO, é uma iniciativa conjunta do projeto de investigação DIIA – Iberian and Ibero-American Dialogues com a colaboração do MOV – Moving Bodies: Circulations, Narratives and Archives in Translation, ambos do grupo LOCUS Group, do Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

 

Para além de com Burghard Baltrusch, presidente da CJS, que falará do (trans)iberismo saramaguiano, no amplo e interessante programa do evento conta-se com a presença de duas colegas da Universidade de Vigo, Silvia Montero Küpper e Patricia Buján Otero. Numa intervenção conjunta, «Circuítos editoriais e tradución entre as culturas catalá, galega e vasca», as professoras e investigadoras traçarão um panorama dos fluxos de tradução entre algúns campos literários não-hegemónicos do Estado espanhol e apresentarão a tipologia das editoras e as suas políticas de edição e tradução como parte do Painel 4 "Editing and publishing translations in the Iberian Peninsula".

 

Por sua vez, no Painel 3 "Iberian writers on/in translation", Burghard Baltrusch  abordará a noção da trans-ibericidade saramaguiana e o papel do autor de A Jangada de Pedra como tradutor político e cultural numa comunicação cujo título e resumo destacamos a seguir:

 

«“¿El iberismo está muerto? Sí. ¿Podremos vivir sin un iberismo? No lo creo” – José Saramago como tradutor (trans)iberista»

Burghard Baltrusch (Cátedra Internacional José Saramago – Universidade de Vigo)

 

RESUMO

«Na obra literária saramaguiana, a Jangada de pedra talvez seja a expressão mais clara daquilo que o Prémio Nobel de 1998 entendeu como iberismo e trans-ibericidade. Mas, para além da ficção, Saramago também nos deixou numerosos textos e entrevistas nos quais reflectiu sobre as relações intra-e extra-ibéricas. Esta comunicação propõe-se apresentar de forma sistemática o pensamento saramaguiano sobre o potencial de interacção actual das culturas e nacionalidades ibéricas, seja no contexto europeu ou intercontinental, desde uma perspectiva hermenêutico-tradutológica. A afirmação de Saramago, de que “todos somos tradutores”, junto com o seu persistente e muito político esforço para conseguir uma compreensão recíproca entre os povos ibéricos, permite-nos analisá-lo hoje como um autor que praticou uma autotradução hermenêutica para ser compreendido pelas outras culturas ibéricas. Mas também como um tradutor cultural e político que perseguia a utopia de uma solidariedade intra-ibérica capaz de preservar as identidades diferenciadas e que, além disso, chamou a nossa atenção para a necessidade de uma tradução político-cultural trans-iberista.»

 

(Palavras chave: José Saramago, iberismo, trans-ibericidade, tradução político-cultural, autotradução.)

 

No site do evento poderão encontrar todas as informações sobre o simpósio. Também estão disponíveis nos anexos a este post o programa e o livro de resumos.

 

Publicado, 06/06/2022




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