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Performance de Silvia Penas: “‘Uma mulher ainda não parou o mais longo gemido do mundo’ — Revisitar O Ano de 1993 de José Saramago”

No segundo dia da VII Conferência Internacional José Saramago (27 de outubro de 2022), terá lugar um segundo evento de inauguração da exposição "Graça Morais e José Saramago: a arte de pensar o ano de 1993", na Sede Afundación Vigo (Rua Velázquez Moreno 18). Às 19h, a poeta Silvia Penas apresentará a performance “Uma mulher ainda não parou o mais longo gemido do mundo" — Revisitar O Ano de 1993 de José Saramago, na Sala de Exposicións II.  

 

A partir deste verso de O Ano de 1993, de José Saramago, Silvia Penas realizará uma intervenção cénica, visual, poética e sonora, em colaboração com Chucho González e Jesús Andrés Tejada, integrantes do coletivo artístico Límites. O seu trabalho buscará ornamentar, com movimento e som, alguns dos textos do Prémio Nobel e outros de autoria própria, sempre em diálogo com a obra O ano de 1993 e com as ilustrações de Graça Morais para a sua reedição de 1987.


Através de um corpo-cartografia, espelho da cidade sitiada que protagoniza o livro, a percussão e a voz são essenciais para uma reflexão performativa não apenas em volta da obra, com referências àquele momento histórico, mas também à sua vigência nos tempos actuais.

 

Silvia Penas (1980) é uma artista de ofício múltiplo galega. Sempre em trânsito entre várias expressões artísticas, a autora de O resto é céu (Urutau 2021) destaca-se enquanto poeta, performer e criadora. 

Como poeta, foi galardoada com o prémio de poesia da Universidade de Vigo 2005, com o poema em cinco partes “Neste bosque”. Em 2007, recebeu o prémio do Certame Galego de Criadores CZ Crea pela sua obra A tiranía do des. Em 2010, publicou, em coautoria com Elvira Riveiro, o livro de poemas Biografia da multitude, vencedor do prémio Victoriano Taibo. Também com Diario de ladras, bailarinas, asasinas e flores obteve o prémio Avelina Valladares. Nos últimos anos, publicou ainda o livro de poemas Fronteira Paraíso na Editora Urutau, e O resto é céu, o seu primeiro livro em língua portuguesa.

 

Enquanto performer e criadora, entre 2013 e 2016, ganhou os prémios I Slam Poetry Vigo e Poetry Slam Arousa. Foi selecionada para participar no Grande Slam Internacional de Barcelona, no Poetry Slam Nacional de Madrid e no Poetry Slam Portugal como convidada internacional. Nos últimos anos, tem realizado ações performativas em diferentes congressos e festivais, nacionais e internacionais.

 

Silvia Penas destacou-se também como co-criadora da obra de teatro Sofía e as Postsocráticas da companhia InversaTeatro e como criadora e actriz, em conjunto com o poeta e actor Samuel Merino, da peça Vida útil da porcelana. Foi também uma das criadoras do grupo de poesia cénia Cintaadhesiva. No seu canal de youtube Cintaahesiva, encontramos algumas das suas performances e criações.

 

 


Atualmente, Silvia Penas faz parte do colectivo interdisciplinar LIMITES.

 

Publicado, 05/09/2022




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